Já não sei como explicar que isto não é para mim.
Do trabalho para casa, uma rotina sem fim.
E ter de contar à noite os trocos para jantar,
Pagar vida com juros para poder respirar.
O tempo passa e eu continuo igual
Dentro de um episódio de uma série banal.
Continuo sem fé de encontrar amor.
Jogo contra mim mesmo um jogo sem vencedor.
Mas quando te vejo renasce a ilusão
Procuro tocar-te
Estendo a minha mão
Fica mais um pouco,
Fica mais um pouco,
Fica mais um pouco.
Fica junto a mim.
O prazer de me perder em becos sem saída.
Insistir no curativo para disfarçar a ferida.
Ter nas mãos a ferramenta para decidir se levanto a cabeça ou se a deixo cair.
Fecho os olhos sem esperança num dia melhor,
Adormeço sabendo a minha vida de cor.
Acordo e faço de conta que ainda durmo assim,
Por segundos penso que o pesadelo teve fim.
Mas quando te vejo renasce a ilusão
Procuro tocar-te
Estendo a minha mão
Fica mais um pouco,
Fica mais um pouco,
Fica mais um pouco.
Fica junto a mim.
Já não sei como explicar que isto não é para mim.
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